O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve em liberdade, nesta
terça-feira (7), os empresários Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio
de Souza e Fabrício Narciso Rodrigues da Silva. Eles respondem a ação
penal por atropelar e matar, durante um racha, o campeão de jiu-jítsu
Kaio César Alves Muniz Ribeiro. O crime ocorreu em novembro, na cidade
de Campinas (93 km de SP). Os dois foram presos em flagrante e soltos
após pagarem fiança.
Adriane dirigia um Audi A3, e Fabrício, um Camaro. Segundo a polícia,
eles estavam embriagados. A vítima, de 23 anos, tinha acabado de sair da
casa da namorada. Ribeiro estava na calçada, em frente a um orelhão,
quando foi atingido pelo Audi, que, sem controle, derrubou um muro e
atingiu uma loja de carros e o jardim de uma casa. O lutador de
jiu-jítsu foi prensado contra o portão e, após três paradas cardíacas,
não sobreviveu.
No julgamento desta terça, a 16ª Câmara Criminal manteve a liminar do
desembargador Alberto Mariz de Oliveira. Ele havia concedido,
antecipadamente, o direito aos acusados de responder o processo em
liberdade mediante o pagamento de fiança. Adriane teve de pagar R$ 109
mil, e Fabrício, R$ 163 mil.
O desembargador, em conversa com a reportagem do UOL, disse que não via
motivos para suspender a liminar e levar os acusados de volta à prisão.
Segundo Mariz, os estados de comoção social e de indignação popular,
motivados pela repercussão do acidente, não podem, por si só, justificar
a decretação da prisão cautelar.
Adriane Aparecida e o empresário Fabrício Narciso negam que estivesse
participando de um racha. Segundo o advogado José Pedro Said Junior,
defensor da empresária, “Ela nem tem perfil para isso”. Agora, o
processo criminal segue seu rumo normal, na Justiça de Campinas.
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