Pesquisa FGV: MP e imprensa escrita são mais confiáveis Poder é mais confiável que governo, Congresso e partidos
Duas em cada três pessoas consideram o Judiciário pouco ou nada honesto
e sem independência. Mais da metade da população (55%) questiona a
competência desse Poder. A má avaliação do Judiciário como prestador de
serviço piorou ainda mais ao longo dos últimos três anos segundo
pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
A informação é da repórter Cristiane Agostine e foi publicada na edição desta terça-feira (7/2) do jornal "Valor Econômico".
De acordo com levantamento da Escola de Direito da FGV, coordenado pela
professora Luciana Gross Cunha, 89% da população considera o Judiciário
moroso. Além disso, 88% disseram que os custos para acessar o Poder são
altos e 70% dos entrevistados acreditam que o Judiciário é difícil ou
muito difícil para se utilizar.
Desde 2009, quando a pesquisa
sobre o Índice de Confiança no Judiciário começou a ser feita, a
percepção da população sobre a Justiça só piorou. No primeiro
levantamento, feito no segundo trimestre de 2009, o índice era de 6,5,
em uma escala de zero a dez. Na pesquisa mais recente, do quatro
trimestre do ano passado, caiu para 5,3 - índice um pouco melhor do que
foi registrado no último trimestre de 2010, 4,2.
Segundo a mesma
reportagem, ao comparar a confiança no Judiciário com outras
instituições, a pesquisa mostra esse Poder atrás das Forças Armadas, da
Igreja Católica, do Ministério Público, das grandes empresas e da
imprensa escrita. Na sexta colocação, o Judiciário aparece como mais
confiável do que a polícia, o governo federal, as emissoras de TV, o
Congresso e os partidos políticos.
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