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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Juiz não se vê como prestador de serviço"


De Luciana Gross Cunha, professora da Escola de Direito da FGV-SP e coordenadora da pesquisa de avaliação da imagem do Judiciário, em entrevista a Cristiane Agostine, na edição do jornal "Valor Econômico" desta segunda-feira (6/2):

A crise do Judiciário é uma crise de gestão. Os tribunais são mal geridos, não têm plano de trabalho, não elaboram política pública, não sabem o que fazem. O juiz não se vê como prestador de serviço. Ele acha que é uma autoridade competente para dizer a verdade dos fatos que estão no processo. Não interessa se está resolvendo problema social ou não, se está produzindo custo social, se está afetando vidas de forma definitiva, não se sente prestador de serviços públicos. Confundem prestar justiça e fazer justiça. Os juízes acham que fazem justiça, mas quando a decisão envolve outros órgãos públicos, envolve pessoas, custos econômicos, diversas outras questões. Enquanto o juiz, o Judiciário não se perceber como prestador de serviço público , não vai resolver problemas.

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