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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

DEMOCRACIA NO JUDICIÁRIO

O SINTRAJUS/ASSOJUBS realizou com demais coletivos realizaram na UNISANTOS o evento sobre a democracia no judiciário. Com a presença do Defensor Público Alberto Zorigian e a Desembargadora aposentada Kenarik Boujikian. Temas como a PEC 526/2010 foram debatidas no evento que contou com um público de servidores do judiciário, advogados, promotres e juízas. 

EM DEFESA DA APOSENTADORIA. NÃO À PEC 18-19 E PLC 80-19!!!!


Ao coro de “O servidor não é culpado”, os corredores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) foram ocupados nesta terça-feira, 26 de novembro, por dezenas de servidores de diferentes segmentos e comarcas do Estado no intuito de pressionar os deputados para que não aprovem a Reforma da Previdência Estadual pretendida pelo governador João Dória (PSDB). Com apoio da Assojubs e do Sintrajus, servidores do Judiciário da Baixada Santista fizeram parte da mobilização na Alesp, que concentrou o funcionalismo à entrada do Colégio de Líderes, reunião semanal das lideranças partidárias da Casa, pelos corredores do local atuando junto aos deputados para que não aprovem o Projeto de Lei Complementar (PLC) 80/2019 e nem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2019, ambos textos que decorrem acerca da reforma da Previdência em São Paulo, em em um ato unificado ao final do dia.
A tentativa de convocar o congresso de comissões para agilizar a votação da reforma ainda não obteve êxito. Mas o deputado Gilmaci Santos (PRB) foi nomeado relator especial para o PLC e apresentou o voto pela rejeição das emendas ao projeto, o que torna o texto apto para a pauta do dia. Em relação à PEC, a discussão ficou para a semana que vem. Esse combinado de projetos vai prejudicar todos os servidores, principalmente pelo confisco salarial que será aplicado com o aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 11% para 14%. Além disso, haverá elevação da idade mínima para a aposentadoria, que será de 65 anos para homens e 62 para mulheres, com tempo mínimo de contribuição de 25 anos, sendo 10 no serviço público e 5 no mesmo cargo em que irá se aposentar. Para obter a aposentadoria integral, portanto, serão necessários 40 anos de trabalho.
A reforma de Dória estabelece ainda que, ao se aposentar pela idade mínima, o trabalhador terá acesso ao equivalente a 60% do valor do que era seu salário na ativa. A cada ano a mais trabalhado, após a idade mínima, o servidor obtém mais 2 pontos percentuais, que se acumulam até alcançar os 100%.
A reforma também vai incidir sobre o benefício nos casos de pensão por morte, seguindo as determinações da Reforma Federal. O benefício passará a ser baseado em sistema de cotas, com previsão de valor inicial de pensão diferenciado conforme o número de dependentes.
Em 2 de dezembro, próxima segunda-feira, às 14 horas, no Auditório Franco Montoro da Alesp, haverá uma Audiência Pública com a finalidade de discutir a proposta de Reforma da Previdência Estadual. Um novo ato em frente à Assembleia está marcado para a terça, 3 de dezembro. E a mobilização vai continuar com a ida aos gabinetes dos deputados no decorrer da semana. 
TEXTO E FOTOS: CAMILA MARQUES

PELA APOSENTADORIA DOS SERVIDORES. NÃO À PEC 18/19 E PLC 80/19





segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O SERVIDOR NÃO É CULPADO.

Nesta segunda-feira, 25 de novembro, aconteceu de forma simultânea à entrada dos fóruns na Baixada Santista e Litoral Norte o ato público “O Servidor Não é o Culpado”. A mobilização reuniu servidores estaduais, municipais e federais contra os ataques promovidos pelos governos de Jair Bolsonaro e João Dória e as ofensivas impostas pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial e as reformas administrativa e previdenciária.




                                                                   Comarca de Santos
Diferentes setores do serviço público, além do Judiciário, participaram do ato, como professores, policiais civis, trabalhadores da saúde e da segurança, auditores fiscais, da Justiça do Trabalho, do Município e da construção civil. As mobilizações tiveram a organização da Assojubs, Sintrajus e o apoio, em Santos, da Frente Sindical Classista e da Pública – Central do Servidor.
Caraguatatuba
Em relação à PEC Emergencial , chamada assim por ser inicialmente válida por dois anos, as principais medidas são a suspensão de concursos públicos, redução da jornada de trabalho e congelamento de reajustes e outras gratificações, incluindo corte salarial de até 25%.
Cubatão
Já a reforma administrativa propõe o fim da estabilidade e o rebaixamento de salários iniciais. Por fim, a tentativa de estender aos estados e municípios a reforma da previdência pode elevar a alíquota de contribuição de 11% para 14% e impor mais tempo de trabalho para o servidor ter direito à aposentadoria.

Guarujá
E foi isso que os representantes presentes expuseram, as mazelas que essas medidas, se aplicadas, vão trazer aos funcionários e à população, que sofrerá com a precarização do atendimento, enxugamento e sucateamento dos serviços públicos disponíveis.
Itanhaém
Para Regina Helena Assis, presidente da Assojubs, a união é importante nesse momento, pois os servidores públicos não possuem o mesmo espaço nas mídias que os governos, então, por isso a ampliação da informação é essencial, a começar pelos familiares e amigos, explicando como realmente é o serviço público, as dificuldades e o que o próprio funcionário tem que fazer para poder exercer seu ofício, pois muitas vezes tiram do seu próprio bolso para equipar seus locais de trabalho. “Não somos os culpados por tudo que está acontecendo no país, isso não é verdade. Tá na hora da gente se defender, pois só nós sabemos o que passamos no cotidiano”, ressaltou.
Itariri
Mongaguá
Peruíbe
Ida à Alesp!Amanhã, 25 de novembro,  às 15 horas, haverá a ida à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para um ato contra a Reforma da Previdência que o Governo do Estado quer aprovar! Participe, servidor! A luta é de todos!

Praia Grande

Caraguatatuba

Ubatuba

São Vicente











TEXTOS E FOTOS: CAMILA MARQUES

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

NÃO É MAIS SÓ SANTOS. AGORA É A BAIXADA EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO.

Diante das medidas anunciadas recentemente pelos governos Bolsonaro e Dória para reduzir gastos à custa do funcionalismo, servidores da Baixada Santista realizarão na segunda-feira (25), nas escadarias do Fórum de Santos, um ato unificado em defesa do serviço público. Previsto para iniciar ao meio-dia, o protesto reunirá trabalhadores das prefeituras municipais e dos judiciários estadual e federal contra a PEC Emergencial e as reformas administrativa e previdenciária.
Na opinião das lideranças sindicais que organizam o ato, se aprovado, este conjunto de medidas representará um duplo ataque: aos trabalhadores, com a precarização das condições de trabalho e achatamento salarial; e também à população, com o enxugamento e sucateamento dos equipamentos públicos, resultando na piora do serviço público em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social, por exemplo.
No caso da PEC Emergencial, chamada assim por ser inicialmente válida por dois anos, as principais medidas são a suspensão de concursos públicos, redução da jornada de trabalho e congelamento de reajustes e outras gratificações, incluindo corte salarial de até 25%. Já a reforma administrativa propõe o fim da estabilidade e o rebaixamento de salários iniciais. Por fim, a tentativa de estender aos estados e municípios a reforma da previdência pode elevar a alíquota de 11% para 14% e impor mais tempo de trabalho para o servidor ter direito à aposentadoria.
Constituição em xeque
No caso da PEC Emergencial vale destacar que uma de suas consequências é a alteração da chamada “regra de ouro” da Constituição, o que para muitos especialistas se soma a uma série de medidas e ações que vêm desconfigurando as garantias e regras constituições de 1988. No caso da regra de ouro, um mecanismo que proíbe o pagamento não apenas de salários e aposentadorias, o que afeta o funcionalismo, mas até mesmo a quitação de contas de luz dos equipamentos públicos, afetando a população, se somaria à proibição de tais gastos uma série de medidas para reduzir ainda mais o investimento do governo no serviço público.
Lynira Rodrigues, diretora do Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo), argumenta que a proposta de Paulo Guedes relativiza os direitos sociais previstos na Constituição. “Em nome do equilíbrio fiscal, se ignora que um dos pilares constitucionais é a garantia da dignidade humana e do acesso a serviço público de qualidade. Está lá no artigo 6º a obrigação de garantir educação, saúde, moradia, trabalho, alimentação, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados). Pois bem, tudo isso é deixado de lado em nome do ajuste de contas”.
Na opinião de Michel Iorio, presidente do Sintrajus (Sindicato dos Servidores Públicos do Judiciário Estadual na Baixada Santista), a receita dos governos têm sido beneficiar os grandes empresários à custa da população e dos servidores “O governador disse à imprensa que a reforma da previdência do funcionalismo economizará R$ 32 bilhões em 10 anos. Em contrapartida, só em benefícios fiscais à iniciativa privada o Estado deixará de arrecadar R$ 20 bilhões”.
Além dos sindicatos afetados diretamente pelas medidas anunciadas, o protesto de segunda-feira (25) deve ter a participação também de dirigentes sindicais de outras categorias. A Frente Sindical Classista, que reúne alguns dos principais sindicatos da região, já confirmou presença.











quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Consciência Negra no Judiciário

Dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No grupo dos 10% mais pobres, os negros representam 75% das pessoas, mas entre o 1% mais rico, somam apenas 17,8% dos integrantes.

A desigualdade ainda persiste e a luta pela igualdade de oportunidades  se faz mais necessária que nunca.

#MesDaConsciênciaNegra

sábado, 16 de novembro de 2019

Aposentadoria e pensão podem cair mais de 40% com a reforma

Redutor será maior para quem contribuiu por até 20 anos e teve variação salarial desde 1994  

SÃO PAULO
As novas regras da Previdência poderão reduzir quase pela metade alguns benefícios cujo direito for adquirido a partir da reforma, que passou a valer na última quarta-feira (15).
Para as aposentadorias por incapacidade permanente ou por exercício de atividade com grau médio de risco à saúde, a renda mensal cai de 100% para 60% da média salarial, caso sejam concedidas a beneficiários com até 20 anos de contribuição ao INSS.
O redutor de 40% também será aplicado às pensões por morte pagas a viúvas ou viúvos sem filhos menores de 21 anos.
aposentadoria por idade de segurados que a requisitarem tendo cumprido a carência de 15 anos de contribuição cai de 85% para 60% da média salarial.
O achatamento dos valores pagos a novos aposentados é resultado da introdução da regra geral de cálculo da reforma: as aposentadorias passam a ter um valor de partida de 60% da média salarial e recebem o acréscimo de 2% para cada ano a mais de contribuição —esse critério varia conforme o tipo de benefício ou o perfil do segurado.
No caso da pensão por morte, a base é de 50% do benefício ao qual o segurado que morreu recebia ou teria direito. O valor aumenta em 10% por dependente até o limite de 100%.

Pensão

A nova regra da pensão fará com que, por exemplo, viúvos sem filhos recebam 60% da aposentadoria à qual o cônjuge teria direito.
A diminuição real da renda, porém, poderá ser ainda maior se o beneficiário teve variações salariais desde o mês de julho de 1994.
Isso ocorrerá porque a própria média salarial ficará menor com o fim do descarte de 20% das contribuições de menor valor.

Benefício com a regra 86/96 deixa de valer

A aposentadoria integral por tempo de contribuição com a regra 86/96 também deixou de valer a partir da reforma da Previdência.
Com isso, benefícios de trabalhadores que se aposentarem com períodos de contribuição de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens) passam a receber 90% das suas médias salarias e não mais 100%, mesmo que a soma das suas idades e dos tempos de pagamentos atinja a pontuação exigida na regra antiga.

Os benefícios que terão os maiores redutores | Confira as diferenças

O que atingirá todos os benefícios:
Novo cálculo da média salarial
  • Será feita com todos os salários do trabalhador desde julho de 1994
  • A nova fórmula afetará todos os tipos de aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-acidente e pensões por morte de segurado que morreu antes de se aposentar
1) Aposentadorias por idade
A idade mínima das mulheres aumentará seis meses por ano até chegar aos 62 anos em 2023
Cálculo
  • Benefício terá duas desvantagens: nova média salarial e redutor maior
  • O cálculo será o mesmo da regra geral: 60% da nova média salarial mais 2% a cada ano a partir do 16º ano (mulheres) e do 21º ano (homens)
  • Benefício por idade cairá de 85% para 60% da média salarial para quem tem 15 anos de contribuição
Veja a diferença
Homens terão 100% da média salarial com 40 anos de INSS e mulheres, com 35 anos
Tempo de contribuição (em anos)Cálculo da regra antiga (homens e mulheres)Homens (após a reforma)Mulheres (após a reforma)
1585%60%60%
2090%60%70%
30100%80%90%
2) Aposentadoria especial
  • A aposentadoria especial vai deixar de ser integral e passará a ter um redutor
  • O cálculo será de 60% da média salarial mais 2% a cada ano além do mínimo exigido
Terá idade mínima
 
Tempo especial exigido para se aposentarIdade mínima
15 anos55 anos
20 anos58 anos
25 anos60 anos
Terá regra de transição
Trabalhadores poderão se aposentar antes da idade mínima quando a soma da idade com o tempo de contribuição for de:
 
66 pontosPara atividades que exijam 15 anos de efetiva exposição
76 pontosPara atividades que exijam 20 anos de efetiva exposição
86 pontosPara atividades que exijam 25 anos de efetiva exposição
Conversão
Só será possível converter tempo especial em comum para trabalho exercido até um dia antes da reforma
3) Aposentadoria por invalidez
O benefício é pago pelo INSS aos segurados incapacitados para o trabalho
  • O benefício passará a se chamar aposentadoria por incapacidade permanente
  • A média salarial será calculada sobre todas as contribuições, sem o descarte das 20% menores
  • O INSS passará a considerar um percentual de 60% sobre essa média para quem tem até 20 anos de contribuição. A cada ano extra serão acrescentados 2%
  • Quando o motivo da incapacidade estiver diretamente ligado à profissão, o segurado terá direito de receber o benefício integral
4) Pensão
  • Redutor por número de dependentes
    A pensão será de 50% da aposentadoria mais 10% por dependente, até o limite de 100%
  • Exemplo para renda mensal de R$ 2.000:
Nº de dependentesPercentual da pensãoValor da pensão
160%R$ 1.200
270%R$ 1.400
380%R$ 1.600
490%R$ 1.800
5100%R$ 2.000
Cotas dos filhos
O pagamento da cota do dependente não será destinado à viúva ou ao viúvo quando ele completar 21 anos
Redutor da pensão do segurado que morre antes de se aposentar
  • A média salarial vai considerar todos os salários, incluindo os menores
  • O cálculo dessas pensões vai seguir a regra da nova aposentadoria por incapacidade, que vai deixar de ser integral e passará a ser de 60% mais 2% a cada ano que superar 20 anos de contribuição
Acúmulo de benefícios
  • O maior benefício será a renda principal
  • O segundo benefício terá desconto. Ele será dividido em fatias de um salário mínimo (R$ 998). A cada fatia o governo aplica um percentual

Outras mudanças da reforma

Novo cálculo da média salarial
  • Os benefícios concedidos com as regras da reforma da Previdência passarão a ter o novo cálculo da média salarial
  • A nova média salarial, que é a base dos benefícios, vai passar a considerar todas as contribuições pagas em reais, sem descartar as 20% menores
  • Isso também reduzirá o valor das aposentadorias
Fim da fórmula 86/96
  • O início da reforma, que passou a vigorar no dia 13 de novembro, também marca o fim da fórmula 86/96
  • O trabalhador que conseguir comprovar que tinha atingido essa pontuação  até 12 de novembro de 2019 mantem o direito de ganhar a aposentadoria integral
A fórmula considera a soma da idade com o tempo de contribuição:
  • 86 pontos para mulheres
  • 96 pontos para homens
     
  • Após a reforma, a fórmula 86/96 passa a ser uma das regras de transição para ter acesso à aposentadoria
  • A pontuação exigida aumentará a partir de 2020, até chegar a 100 pontos (mulheres) e 105 (homens)