“O ponto de partida de qualquer novo projeto alternativo de nação terá que ser, inevitavelmente, o aumento da participação e do poder do povo nos centros de decisão do país.”
Celso Furtado, O longo amanhecer: reflexões sobre a formação do Brasil, 1999.
(...) “Não é casual o fato de que a intelectualidade brasileira esteja há 150 anos se debatendo, sem sucesso, na tentativa de formular um conceito e um projeto de nação que pudesse dar conta dessa aparente “desconjunção” brasileira, enquanto o “país real” dos donos do poder e da riqueza expandia-se, de forma cíclica mas continuada, através das portas abertas pelo liberalismo internacionalizante e de costas para o povo. Na verdade, este “país real” nunca precisou da idéia de nação e sua vontade política dirigente nunca apontou efetivamente para a “construção de um sistema de decisões e produção capaz de definir e hierarquizar por si mesmo objetivos coletivos ou nacionais.”
José Luis Fiori, Celso Furtado e o Brasil, 2000, pág. 54.
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