Fogo Cruzado
Com relação à notícia de que o presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, pretende realizar ato em defesa das
atribuições do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Associação dos
Juízes Federais do Brasil (Ajufe), vem a público informar à população
que o papel do CNJ é fundamental no aperfeiçoamento do Estado
Democrático de Direito, com vistas a conferir maior eficiência ao Poder
Judiciário e na apuração de eventuais irregularidades. Tal missão, por
outro lado, deve ser desempenhada dentro dos estritos limites legais e
constitucionais, mas sempre visando à absoluta transparência
institucional.
Nessa linha, sendo a OAB autarquia imprescindível à
administração da Justiça, nos termos do art. 133 da Constituição da
República, é imperativo que igualmente aquela instituição esteja sujeita
à fiscalização pelo CNJ, inclusive sob o aspecto disciplinar. Entende,
pois, a Ajufe que ante o caráter público da OAB, os recursos por ela
administrados e a atuação dos seus membros mereceria total atenção do
CNJ.
Isso evitaria, sem sombra de dúvida, a imensa quantidade de
queixas por apropriações indébitas praticadas por advogados contra os
cidadãos comuns, permitindo ao CNJ punir os maus advogados, honrando,
assim, a imensa maioria dos causídicos honestos e que tanto lutam pelo
aperfeiçoamento da democracia brasileira, mas que têm a consciência de
que a intimidação de juízes e familiares por meios ilegais em nada
contribui para esse objetivo.
Fabrício Fernandes de Castro
Presidente Interino da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe)
Presidente Interino da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe)
Nenhum comentário:
Postar um comentário