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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Companheiro trabalhador do Judiciário

Para conhecimento e posterior discussão com os colegas do seu setor, informamos que a entidade que se auto denomina “Sindicato” e que pretende ser o único representante da categoria está acionando o nosso SINTRAJUS perante a Justiça Trabalhista em Santos.

Entre diversas outras “pérolas” , a inicial proposta por aquela entidade nos denomina “sindicato pirata”, nos qualifica entre as inúmeras instituições sem lastro que são criadas tão somente com ânimo divisionista, alega prejuízos por termos realizado uma legítima e legal assembléia de servidores do judiciário em prol da organização das  lutas e  em benefício da nossa vida profissional, aduzindo ainda que nossa iniciativa vai contra o trabalho sério e classista que alardeiam descaradamente realizar.

Apontam nominalmente o companheiro Hugo como “radical da extrema esquerda que pretende se perpetuar no poder”, ignorando que este companheiro foi duas vezes presidente da Assojubs e que no momento exerce seu último mandato, agora secretário geral – tudo dentro das previsões estatutárias daquela associação, ao passo que o pretenso “sindicato único” tem o mesmo comandante há vinte (20) anos em seguidos em ilimitados mandatos, regulados por um misterioso estatuto do qual sequer se conhece publicamente o teor.

Pleiteiam liminarmente a suspensão da divulgação do SINTRAJUS por quaisquer meios, a anulação de todos os atos já praticados por nossa entidade e a suspensão imediata do nosso blog... por óbvio e como não poderia deixar de ser, tudo isso    ( e mais algumas coisas )    cobertas e recheadas por R$ 30.000,00 diários à título de multa em caso de desobediência.

Tentam confundir nossa organização autônoma com a da ASSOJUBS, entidade pela qual temos muito respeito, em particular por suas notórias práticas democráticas e histórico inatacável de lutas.

Sem qualquer ligação real e possível, exigem mais R$ 500.000,00 a título de "indenização" pelos danos que afirmam  estar sofrendo – valor este a ser cobrado da ASSOJUBS, também indicada pelo pretenso “sindicato único” como ré no referido procedimento, pelo fato de alguns dos seus diretores, militantes ou simpatizantes fazerem parte da composição inicial do SINTRAJUS – em outras palavras, tentam escorar-se no Judiciário com uma cartada desesperada que possibilite permanecerem encastelados no seu sindicalismo vacilante, pequeno e burocrático, atacando entre outras coisas o direito de todos à livre associação.

Qualquer cidadão pode escolher o sindicato do qual quer participar como também filiar-se a quantas associações for de seu agrado - trata-se de cláusula pétrea em nosso ordenamento constitucional.
Como não podia deixar de ser, a liminar não foi concedida e será apreciada tão somente após a audiência designada para o próximo dia 19 de Maio, nas dependências da 4a Vara Trabalhista de Santos.
A inicial é, ao nosso ver , longa , carente de nexo e de razão – segue a mesma senda já velha conhecida de todos nós, em particular nos momentos mais agudos da última greve, quando a reclamante se notabilizou por muita gritaria para pouco ou nenhum conteúdo. Aliás  vale lembrar que nessa mesma greve, ante a ameaça de multa para sua entidade e seus diretores, o tal “sindicato” simplesmente se retirou do movimento, inclusive fazendo publicar edital nesse sentido em jornal de grande circulação, oficializando dessa forma a própria fuga , tendo abandonado os seus  “representados”  em praça pública e em meio à luta, amparados nas próprias bases e em diversas associações, retornando de maneira teatral e sem qualquer explicação mais de um mês após .
Não nos compete, entretanto analisar a petição do ponto de vista legal, assunto a ser equacionado na instância apropriada e no dia designado.
Nos compete sim, não obstante, algumas pequenas   (mas não simplistas)    considerações.
A entidade autora não nos surpreendeu, pelo contrário. Sempre consideramos que a mesma e seu eterno comandante jamais mantiveram quaisquer vínculos ou compromissos sérios com os trabalhadores da Justiça Estadual paulista, sejam esses de ordem institucional – sua mera obrigação, jamais realizada  e muito menos, é claro, no plano ideológico.
Não sabem nem saberão jamais o quê são, mas tão somente a que vieram.
Não possuem qualquer raiz.
Ignora-se como e onde nasceram.
É uma incógnita para todos a assembléia geral de trabalhadores que os pariu.
Um doce a quem fizer publicar uma mísera foto do momento de sua criação.

Seu sítio na internet não divulga sequer o estatuto sobre o qual se reafirmam “sindicato”.
Mas nós todos sabemos a que senhor aquele grupo serve.
E exatamente por isso recusamos ser representados pelo mesmo.
Não queremos ser confundidos.
Jamais.
A leitura da peça inaugural do processo que noticiamos é quase que obrigatória para todos aqueles que desejam conhecer mais intimamente a tal entidade. Sem rodeios vai direto ao que lhe interessa – indenização. Sem rubor, escancara ser visceralmente contrária à organização da categoria pelas bases - jamais duvidamos disso, aliás.
Por consequencia, deixa bastante claro que faz feroz oposição a qualquer tentativa de fortalecer ou melhorar os serviços públicos a partir do crescimento profissional e mesmo pessoal de seus funcionários - mas também já sabíamos disso.
Sem eira nem beira, exige espantosa quantia a ser, sugestivamente, suportada por apenas uma das rés, a ASSOJUBS. Deduziram muito espertamente que o nosso SINTRAJUS ainda não possui patrimônio o bastante para saciar o seu apetite cetáceo.

Pois bem, o que nos falta em patrimônio material  está reservado na esfera moral - e aí o temos de sobra.
Em três pequenos meses, e com todas as dificuldades materiais e de divulgação, chegamos próximos a 450 sindicalizados.

Demonstração inequívoca de confiança.
Mais outros três meses e  seremos mil.
Depois dois mil e a seguir três mil.
Números que seguramente devem estar tirando o sono dos arautos do sindicalismo espertalhão, demagogo e de conveniência praticado por aquele agrupamento, do qual sequer se conhece o número de associados - nem mesmo, portanto, a quem de fato representam.
Um sindicalismo que esperamos estar com os dias contados.
Da nossa parte apenas um recado ao Sr. "Presidente Eterno"  -  confiamos na Justiça e ela será realizada ,  já nesse mesmo processo com o qual nos presentearam.
-  Prepare-se portanto , caríssimo colega , para voltar a cumprir mandados...

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