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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tribunal de Justiça contra seus próprios servidores ...

Absurdo!
TJ rompe acordo judicial que pôs fim a greve Medida é motivada por pensamento autoritário e corporativo O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, através da Corregedoria Geral, está rompendo o acordo do dissídio coletivo firmado com representantes da categoria, em setembro de 2010, para por fim a histórica e mítica greve de 127 dias de duração, que resultou em reposições parciais de 4,77% e 6,43% (em 2011) e no aumento de quase 200% do auxílio alimentação. Um dos itens desse acordo, aprovado e sancionado pelo Órgão Pleno do TJ, era bem claro e taxativo quanto à ausência de punições pelos atos e manifestações ocorridos no período grevista. Até o relator, desembargador Munhoz Soares, então corregedor geral, diante da aprovação do Acórdão, fez questão de declarar seu "voto vencido", manifestando ser contrário ao item de não punição, porém, reconhecendo que diante da aprovação da maioria não poderia haver qualquer tipo de contrariedade a esses termos no futuro. Pois é, para parte da direção do TJ esse acordo não precisa ser cumprido. Cedendo ao corporativismo da magistratura, que não aceitou que atos autoritários de um de seus membros tenham sido denunciados e desafiados em um ato público ocorrido em Monte Alto, decidiu processar administrativamente nove servidores, três deles dirigentes de entidade dos servidores. Este ato configura-se um escândalo jurídico, cuja apreciação mais detalhada já revela idas e vindas, solicitações de arquivamento que repentinamente são transformadas em continuidade do processo, típicas de casos onde interesses e pressões parecem ser exercidos nos bastidores a todo o momento para agradar práticas corporativistas e elitistas. Para nós servidores, torna-se uma grave ofensa aos direitos dos trabalhadores, uma ameaça inconsequente na tentativa de subjugar o movimento dos servidores do judiciário, que levada adiante certamente fará arder novamente a chama da indignação entre a categoria e resultará em novo movimento reivindicatório, provavelmente ainda mais forte, e uma vez que ao romper um acordo a direção do TJ acentua ainda mais a perda de confiança e credibilidade dos servidores com aqueles que comandam a instituição. Não bastasse sequer ter cumprido totalmente suas dívidas salariais (falta pagar a retroatividade dos 4,77% e o acumulado de 14,69%), não bastasse sequer ter cumprido integralmente a data-base de 2011 (temos a receber ainda a diferença salarial de dois meses), não bastasse sequer atender aos pedidos de novas reuniões para discutir essas questões e também as condições de trabalho e recursos humanos, o TJ, agora, age no sentido de atacar direitos dos trabalhadores, reconhecidos por ele próprio, com a pretensão de saciar a sede de punição corporativa da classe que o comanda. Na tarde de ontem, uma comissão de representantes tentou, em caráter de urgência, conversar com juízes assessores da Presidência, no sentido de que fosse marcada uma reunião com o presidente do TJ para discutir o assunto. Os juízes assessores negaram-se a marcar qualquer reunião e optaram pela burocratização do assunto, afirmando que qualquer pedido nesse sentido somente seria analisado através de petição. Esquecem que duas petições foram protocoladas nos últimos dias com tal objetivo e não há nenhuma resposta até o momento. Para piorar, os juízes assessores chegaram a argumentar que antes precisam decidir sobre uma petição impetrada pelo sindicato rejeitado pela categoria - que não se considera representada pelo mesmo -, cujo presidente se perpetua na direção há mais de 20 anos, na qual esta entidade, vaiada constantemente nas assembleias da última greve, solicita ao TJ que apenas ela possa discutir questões da categoria com o Tribunal e que apenas ela seja reconhecida como representante da categoria. Esquecem que a representação da categoria se faz ao lado dos servidores, na luta, e não fugindo dela com medo de multas ou através de um pedaço de papel ao lado dos patrões. Ou seja, o TJ decidiu rasgar a fantasia cordial utilizada nos últimos meses e partiu pra cima dos trabalhadores e da organização da categoria. Precisamos responder à altura e com toda a força, talvez com uma força maior que a demonstrada até agora, contra mais esse ataque. Uma assembleia geral poderá ser organizada diante deste ataque aos nossos direitos. Temos a obrigação solidária, companheira e acima de tudo humana de defender esses trabalhadores que lutaram ao nosso lado, que lutaram até para que muitos pudessem fazer a opção individualista e equivocada de não lutar e mesmo assim se beneficiar dessas conquistas. Agora não há espaço para esses individualismos, ao menos não pra quem ainda se considera ser humano, e toda a categoria deve participar na defesa desses servidores do judiciário, NOSSOS COMPANHEIROS, pois não defendê-los hoje significa sermos atacados amanhã, PORQUE NÃO DEFENDÊ-LOS HOJE SIGINIFICA QUE NÃO TEMOS MAIS ESPERANÇA.

obs.: texto extraído do sítio da ASSOJUBS

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