Chamado por solidariedade e pressão sobre a empresa para reverter mais esse ataque
No
dia 12 de março, a empresa AmBev de Jacareí (SP) demitiu por "justa
causa" o companheiro Joaquim Aristeu, mais conhecido por seus
companheiros de fábrica como "Boca".
A
razão alegada pela empresa foi o fato de Joaquim ter publicado na
página da CSP-Conlutas na internet e nas redes sociais um artigo em seu
nome pessoal denunciando a responsabilidade da empresa no acidente
dentro da fábrica que acabou provocando a morte de um trabalhador
terceirizado, um jovem de 25 anos de idade que tinha sua esposa grávida.
Joaquim
exerceu um direito básico de livre expressão e também cumpriu seu dever
como dirigente sindical e membro da CIPA (Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes), num momento em que outros cipeiros vacilaram diante das
pressões da empresa. Mas, para os patrões, Joaquim estaria "maculando o
nome da companhia" e poderia ser sumariamente demitido sem direitos. Ao
invés de investir na segurança dos trabalhadores, já que esse acidente
foi o mais grave de uma série de outros na empresa, os patrões preferem
calar quem denuncia as irregularidades.
Joaquim
trabalha na AmBev - Jacareí há 23 anos e é um incansável militante pela
causa dos trabalhadores há mais de 30 anos. Já foi presidente do
Sindicato dos trabalhadores nas indústrias de Alimentação de São José
dos Campos e região e foi recentemente eleito pelos trabalhadores para
exercer um novo mandato como vice-presidente da CIPA da AmBev - Jacareí.
Além disso, Joaquim é membro da Executiva da CSP-Conlutas (Central
Sindical e Popular) no estado de São Paulo.
A
AmBev é a subsidiária brasileira da megacorporação multinacional AB
InBev, a maior empresa cervejeira do mundo, presente em 32 países com
cerca de 80 mil trabalhadores. A presença de Joaquim dentro da empresa
sempre foi uma pedra no sapato dos patrões. Sua demissão acontece nas
vésperas da tentativa da empresa de enfiar goela abaixo dos
trabalhadores uma proposta rebaixada de participação nos lucros. No ano
passado, os trabalhadores da AmBev entraram em greve contra as propostas
rebaixadas da empresa e por melhores condições de trabalho, incluindo
temas referentes à segurança e saúde dos trabalhadores.
Trata-se,
portanto, de forma clara e categórica, de uma perseguição contra a
organização sindical dos trabalhadores da AmBev como parte da ofensiva
patronal contra aqueles que ousam lutar em várias partes do mundo em
meio à crise capitalista internacional.
A
tarefa de lutar pela reversão da decisão da empresa deve ser assumida
pelo conjunto do movimento sindical, popular, estudantil e pelas forças
políticas de esquerda e democráticas. Por isso, fazemos aqui um chamado a
todos os companheiros e companheiras para que se somem nessa campanha.
Encaminhe
em seu sindicato, entidade ou movimento, uma moção de repúdio a
demissão e apoio à luta pela readmissão do companheiro Joaquim. Envie
cópia da moção para a empresa e para o sindicato.
Ajude
também a divulgar amplamente as informações sobre mais esse ataques dos
patrões e os passos que estão sendo dados pela campanha pela readmissão
do companheiro Joaquim.
Endereços eletrônicos da direção e ouvidoria da fábrica de Jacareí e a direção internacional da AB InBev:
Por favor mande cópias para endereços eletrônicos da campanha contra as demissões:
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