O termo alienação é considerado uma condição psico-sociológica
de perda da identidade individual, ou coletiva. O conceito de alienação
abrange várias áreas do conhecimento que o definem de diferentes formas:
- Em psicologia e psiquiatria, alienação designa o estado mental de uma pessoa cuja ligação com o mundo a sua volta está diminuída.
- Em antropologia, o termo é utilizado para explicar o estado de um povo forçado a abandonar seus valores culturais para assumir os de outro, por exemplo, o de um colonizador.
- Em sociologia e comunicação, o termo é debatido a partir da alienação que os meios de comunicação geram na sociedade, conduzindo a vontade das massas, criando necessidades de consumo e desviando o interesse das pessoas para atividades passivas e não participativas.
- Em psicologia e psiquiatria, alienação designa o estado mental de uma pessoa cuja ligação com o mundo a sua volta está diminuída.
- Em antropologia, o termo é utilizado para explicar o estado de um povo forçado a abandonar seus valores culturais para assumir os de outro, por exemplo, o de um colonizador.
- Em sociologia e comunicação, o termo é debatido a partir da alienação que os meios de comunicação geram na sociedade, conduzindo a vontade das massas, criando necessidades de consumo e desviando o interesse das pessoas para atividades passivas e não participativas.
O termo alienação entrou no vocabulário contemporâneo por conta das leituras que Karl Marx fazia dos estudos de Hegel. Para o último, o trabalho é a essência do homem, quer dizer, é somente por meio de seu trabalho que o homem pode realizar plenamente suas habilidades em produções materiais.
Ao contrário de Hegel, alienação, para Marx, tem um sentido negativo,
em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés
de humanizá-lo, o desumaniza. A vida do homem passa a ser medida pelo
que ele possui e não pelo que ele é.
Foi o filósofo alemão que idealizou os diferentes tipos de alienação,
como a religiosa ou a econômica, que é a básica e pode ser descrita de
duas formas: o trabalho como atividade fragmentada e como produto apropriado por outros.
De acordo com o Dicionário Priberam de Língua Portuguesa, a palavra alienação, vem de “alienar” (do latim alieno), que significa transferir para domínio alheio; alucinar.
Alienação, por sua vez, tem inúmeras definições como: transferência
de domínio de algo, perturbação mental, na qual se registra uma anulação
da personalidade individual, arrombamento de espírito, loucura, etc.
Pode também referir-se à diminuição da capacidade dos indivíduos em
pensar em agir por si próprios.
Ainda, de acordo com o Dicionário Online de Português, alienação pode
significar o estado da pessoa que, tendo sido educada em condições
sociais determinadas, se submete cegamente aos valores e instituições
dadas, perdendo assim a consciência de seus verdadeiros problemas.
Alienação Social – Para Marilena Chauí, filósofa
brasileira, alienação social é o desconhecimento das condições
histórico-sociais concretas em que se vive, produzidas pela ação humana
também sob o peso. Em seu livro, “Convite à Filsofia”, Marilena diz que
existe uma dupla alienação: “por um lado, os homens não se reconhecem
como agentes e autores da vida social com suas instituições, mas, por
outro lado e ao mesmo tempo, julgam-se indivíduos plenamente livres,
capazes de mudar suas vidas individuais como e quando quiserem, apesar
das instituições sociais e das condições históricas. No primeiro caso,
não percebem que instituem a sociedade: no segundo caso, ignoram que a sociedade instituída determina seus pensamentos e ações”.
De acordo com a filósofa, exitem três tipos de alienação social na
sociedade moderna. A primeira diz respeito ao não reconhecimento dos
homens como produtores das instituições sociopolíticas e se dividem
entre aceitar passivamente tudo o que existe, por acharem que é natural,
ou rebelam-se individualmente julgando que podem mais do que a
realidade os oferece. “Nos dois casos, a sociedade é o outro (alienus), algo externo a nós, separado de nós, diferente de nós e com poder total ou nenhum poder sobre nós”.
A segunda seria a econômica, que também é dupla. Neste tipo de
alienação, os produtores não se reconhecem como tais, nem se reconhecem
nos objetos produzidos por seu trabalho. A primeira forma dessa
alienação diz respeito a desumanização e a coisificação do homem. O que
acontece é que trabalhador, ao receber seu salário, foi transformado
numa mercadoria, pois vende sua força de trabalho. Porém, estes não
percebem como foram “reduzidos à condição de coisas que produzem
coisas”.
Na segunda forma da alienação econômica “as mercadorias não permitem
que o trabalhador se reconheça nelas. Estão separadas dele, são
exteriores a ele e podem mais do que ele. As mercadorias são um
igualmente um outro, que não o trabalhador”. Ou seja,
isso significa que o preço dado ao produto vendido em um mercado, que
foi produzido pelo trabalhador e que não consegue adquiri-lo, por
desigualdade de valores, é maior do que o preço dele, trabalhador, isto
é, do que seu salário. O trabalhador não reconhece que foi sua classe
social que produziu tais mercadorias com o seu trabalho e que não pode
tê-los, pelo alto valor. Dessa forma, as mercadorias deixam de ser
perecebidas como produtos do trabalho e passam a ser vistas como bens em
si e por si mesmas.
A terceira, e última forma de alienação social é a intelectual. Essa
alienação resulta da separação entre o trabalho material, produtor de
mercadorias e que leva a crer que este tipo de trabalho não necessita de
nenhum tipo de conhecimento, e o intelectual, produtor de idéias e,
teoricamente, o responsável exclusico pelos conhecimentos.
Para essa alienação existem três formas diferentes. A primeira é
relacionada ao fato dos intelectuais acreditarem que suas idéias são
universais, esquecendo ou ignorando que pertencem a uma classe social
dominante e que seus pontos de vistas estão ligados a ela. A segunda,
diz respeito aos intelectuais acharem que suas idéias já se encontram na
própria realidade, esquecendo, portanto, que elas são produzidas e
relatadas em forma de teorias gerais. A terceira, por fim, ocorre quando
estes homens passam a acreditar que as idéias surgem uma das outras e
que nós estamos aqui apenas para sermos seus intrumentos. “As idéias se
tornam separadas de seus autores, externas a eles, transcendentes a
eles: tornam-se um outro”
.
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