Cachoeira
é um delinquente profissional. Daqueles que faz da prática
criminosa atividade principal. Sua “profissão”, seu “estilo de vida”,
caracteriza-se pela reiteração diária de práticas criminosas. Isso está
bem caracterizado nas interceptações telefônicas recolhidas, com
autorização judicial, nas operações Vegas e Monte Carlo.
Diante
desse quadro, está claro que Cachoeira, socialmente, é pessoa perigosa
e carece ser mantido em regime fechado como medida de segurança social.
Em
liberdade, Cachoeira, que não sabe fazer outra coisa a não ser
protagonizar ilicitudes, voltará a filmar, grampear, chantagear e
ameaçar pessoas.
Hoje
está na pauta do Superior Tribunal de Justiça o exame do mérito do
habeas corpus em que Cachoeira figura como paciente e dado como vítima
de prisão preventiva ilegal e abusiva.
Seu
advogado, Márcio Thomaz Bastos, aposta todas as fichas na concessão da
ordem de soltura. Ele quer Cachoeira solto quando prestar declarações à
CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito). E já avisou que, caso
não seja marcada uma nova data para ser ouvido pelos membros da
CPMI, Cachoeira pode silenciar, emudecer. E o STF, seguramente, dará
habeas corpus para evitar a sua prisão por ter exercido o direito
constitucional de silenciar. O pedido liminar de soltura já foi indeferido pelo ministro Gilson Dipp.
Para
Cachoeira será uma vitória lograr a soltura ou obter o benefício da
prisão albergue domiciliar. Prisão domiciliar como a deferida ao juiz
apelidado Lalau, que permanece na sua mansão no aristocrático bairro do
Morumbi e sem nenhuma vigilância. Não bastasse, o apelidado Lalau
continua, por advogados e no exterior, a lutar pela não repatriação de
dinheiro bloqueado em suas contas correntes e sem comprovação de origem
lícita.
Como
o Supremo Tribunal Federal (STF) já garantiu a soltura de todos os
grandes bicheiros cariocas e fluminenses, e todos eles são infratores
habituais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode entender
desnecessária a prisão fechada imposta a Cachoeira.
Para a sociedade civil, a soltura de Cachoeira ou a concessão de prisão domiciliar será um escárnio. Dará “zebra na cabeça”.
Pano
rápido. Quando o Ministério Público pedirá a prisão cautelar do senador
Demóstenes Torres (membro habitual da associação delinquencial
comandada por Cachoeira)???
Wálter Fanganiello Maierovitch
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