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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Itariri - Fórum reabre após 45 dias fechado




População reclama da falta de expediente da Vara Distrital durante o período

Desde junho, o jornal Brasil Atual noticia os problemas existentes no Fórum de Itariri há mais de quatro anos. A laje da sala onde funcionava a execução fiscal cedeu nove centímetros e se manteve em pé sustentada por escoras de madeira. A sala do cartório criminal apresentava rachaduras no piso. E não havia espaço para guardar os 15.000 processos que há nas salas do prédio. Por isso, o Ministério Público pediu e o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o atendimento ao público no local. E as obras só foram concluídas 45 dias depois. Nesse período, o juiz e o promotor de Itariri despacharam os casos emergenciais – mandados de segurança, prisão por  pensão alimentícia, apreensão de menores, etc. – na Comarca de Itanhaém.
O supervisor de serviços do Fórum, Edson Luiz, afirma que as reformas emergenciais terminaram, mas a ampliação do espaço para realocar a vasta quantidade de processos está indefinida. “A laje foi reparada e o piso substituído, mas a Prefeitura não disponibilizou a Casa de Agricultura, conforme havia indicado, para ampliarmos o nosso espaço.” Em nota, a Prefeitura de Itariri disse ter se desdobrado para viabilizar outro local para o Fórum, “a fim de que não ocorresse suspensão do expediente forense durante a reforma do prédio”. Segundo o documento, estuda-se “um novo local para equacionar o problema de espaço do Fórum, principalmente no que diz respeito ao Serviço Anexo das Fazendas (Execução Fiscal).

Fechamento gera transtorno

O fechamento do Fórum foi sentido por advogados e moradores das regiões mais pobres e afastadas do Centro. A advogada Idene Dela Cort tem um escritório com a filha no bairro Bela Vista. Ela conta que as pessoas da área rural se deparavam com as portas cerradas da Vara Distrital e iam até o seu escritório saber o que se passava. “Quem mora em sítio, não tinha como se informar do que ocorria no Fórum, pois a maioria vive distante daqui e não tem sequer telefone.” Dela Cort ressalta que muita gente foi prejudicada pela falta de expediente nesses 45 dias. “A economia que gira em torno do Fórum foi afetada. Eu fiquei com 18 ações  paradas. Alguns colegas, que dependiam só das ações do Fórum de Itariri, tiveram o mês perdido, pois não era possível pedir a emissão de qualquer tipo de certidão, como a de honorários, por exemplo.” A advogada pensa que os responsáveis poderiam ter contratado mão de obra para trabalhar após às 18 h e nos fins de semana, para que o atendimento não fosse interrompido. Edson Luiz, supervisor do Fórum, reconhece que a população teve prejuízo nesses 45 dias para entrar com algum processo. Entretanto, o funcionário discorda da advogada, pois afirma que os prazos dos processos em andamento não foram afetados. “Mesmo sem expediente, nós expedimos as certidões que estavam prontas.” Questionado sobre por que o Fórum não funcionou em outro imóvel de Itariri, Edson diz que não havia outro local nem tempo hábil para a mudança de computadores, rede interna e processos. “Levaria meses para o Fórum voltar a funcionar. Não compensaria” - finaliza.



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