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domingo, 26 de janeiro de 2014

Debate: Parcerias Público-Privadas – PPPs – e Organizações Sociais – OS nos serviços públicos de Santos – Lucro de alguns ou direito de Todos?


IMPORTANTE



Promovido pelo SindServ (Santos) 

Componentes da mesa:
Flávio Saraiva (Presidente do SindServ)
Carlos Giannazi (deputado)


Após explanar sobre a situação da iminente implantação da política de “privatizações” na cidade de Santos, através da aprovação das leis referentes às PPPs e OSs, o deputado Carlos Giannazi iniciou o debate citando exemplos das PPPs e OS já atuantes em nível estadual, desde o governo Lula, através da Lei federal 11.079/04, onde equipamentos públicos são “entregues” nas mãos de “parceiros público-privados”, em um sistema chamado Capitalismo sem risco (a empresa tomadora de serviços será remunerada independentemente do resultado dos serviços prestados), que segue sem interferência nem controle externos. Isso implica dizer que, por exemplo, haverá o prosseguimento da política de sucateamento dos equipamentos públicos, haja vista não haver nenhum tipo de fiscalização/gerenciamento por parte do governo (seja em nível federal, estadual e mais recentemente municipal) quanto à implantação de melhorias de aparelhamento e ampliação do quadro de pessoal. 

Rosemeire Silva, uma das fundadoras do Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo, funcionária do Instituto Emílio Ribas (referência nacional em infectologia), esteve presente e discorreu sobre o quadro atual daquela instituição, agora classificada como AUTARQUIA ESPECIAL, onde a lei permitiu que 25% dos leitos públicos fossem repassados às OS, ou seja, o equipamento construído com dinheiro público foi repartido com a iniciativa privada através dos chamados “convênios”, numa nova modalidade de “privatização”. Citou o IAMSPE, que também está na iminência de se transformar em Autarquia Especial e, ao que parece, vai no mesmo caminho. Além disso, a política do governo estadual de sucateamento através do baixo investimento do governo em estrutura, material e mão de obra, só faz piorar a qualidade de atendimento à população. Na esfera estadual, citou ainda o exemplo do Hospital das Clínicas, onde alguns procedimentos vêm sendo cobrados, mesmo em se tratando de um hospital público. Após as explanações, houve o início dos debates.

Relatório elaborado por  Gisele Alonso 

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