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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Suicídio de bancários é comparável ao de funcionários da Telecom

Psicóloga analisa reflexos do assédio moral na saúde mental e destaca que assediador também deve ser acolhido


Belém - Ninguém está livre de sofrer ou cometer assédio. A afirmação é da psicóloga Sonia Akemi Yokoyama Kabuki, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, que deu palestra a procuradores e servidores na sede do Ministério Público do Trabalho em Belém. Sonia relembra o caso da empresa francesa de telefonia France Telecom, que entre 2008 e 2009 registrou 32 suicídios de funcionários. E afirma que, no Brasil, a realidade da telefônica pode ser reproduzida no setor bancário brasileiro. 

Segundo pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), um bancário tenta suicídio pelo menos uma vez por dia e, a cada 20 dias, um deles consuma o fato. A psicóloga analisa os reflexos do assédio na saúde mental e destaca que não só o assediado deve ser olhado, mas também o assediador precisa ser acolhido e tratado. De acordo com estatísticas, o ser humano dedica até 100 mil horas ao trabalho no decorrer da vida. Isto é, o ambiente onde se passa grande parte do dia pode influenciar decisivamente no comportamento e levar a pessoa a cometer atos extremos. 

Combate - O Ministério Público do Trabalho realizou nacionalmente de 21 a 25 de outubro a Semana de Combate ao Assédio Moral, que neste ano deu enfoque especial ao assédio moral nos bancos. A escolha do setor faz parte do projeto “Assédio é Imoral” da Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade) do MPT. Mas é fruto também das estatísticas de inquéritos civis instaurados e ações ajuizadas pelo órgão. 

Segundo a psicóloga Sonia Akemi, o setor bancário é propício à disseminação do assédio. “Existem metas inatingíveis nos bancos”. Uma das alternativas para fugir do assédio, para a psicóloga, é saber dizer não com educação, saber justificar e argumentar, pois a omissão representa o problema maior. Em novembro, o MPT deve realizar ato público de combate ao assédio moral com a presença de várias instituições.

Informações:
MPT no Pará e Amapá
prt8.ascom@mpt.gov.br
(91) 3217-7526

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