Como
todo acadêmico de Direito sabe, uma organização criminosa de matriz
mafioso, como a operada por Carlinhos Cachoeira, é constituída por prazo
indeterminado. Quando a organização se infiltra no poder do Estado, e
está o senador Demóstenes Torres e deputados a confirmar, ela ganha
força, musculatura, ao seu chefão recuperar a liberdade.
Para
o desembargador Tourinho Neto, o “capo” Cachoeira já não é mais
perigoso socialmente pois seu negócio, com relação à exploração ilícita
de jogos eletrônicos de azar, já foi fechado. Ele, evidentemente, não
lembrou da lavagem de dinheiro, da cooptação de políticos e de Cachoeira
explorar, além da jogatina, outras atividades ilegais, com a
construtora Delta de ponta-de-lança.
Tourinho
ainda não percebeu que Cachoeira comanda “um holding criminal”. Apesar
de todo o noticiário e do revelado em conversas interceptadas, Tourinho
continua míope e, pela visão curta, enxerga apenas a atividade da
jogatina eletrônica.
Já
na terça feira passada, ao votar pela anulação das provas da Operação
Monte Carlo e soltura imediata de Cachoeira, o desembargador Tourinho
Neto surpreendeu. Para ele, as interceptações telefônicas eram ilegais
pois os motivos apresentados pelos policiais não eram suficientes para o
deferimento.
Os
motivos era tão insuficientes, data vênia, que serviram para revelar, à
sociedade civil brasileira, um mega-escândalo. Tem até governador sob
suspeita.
Pano Rápido. Têmis, a deusa da Justiça, acaba de perder a cabeça, como na charge do Bessinha e uma pergunta fica no ar: Em que mundo Tourinho Neto vive ?????
–Wálter Fanganiello Maierovitch–
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