Responsável pela decisão que quase tirou Carlos Cachoeira da
prisão e pelo voto que pôs em xeque a operação Monte Carlo da Polícia
Federal, o desembargador federal Fernando Tourinho Neto é conhecido por
posições polêmicas e corporativistas.
No Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o magistrado
baiano costuma votar pela anulação de provas colhidas nas investigações
da PF e do Ministério Público. Também ficou famoso por soltar réus da
prisão.
No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi indicado para defender
os interesses de classe da magistratura – até a semana passada, era
vice-presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) – e
fazer oposição à corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, que
defende maior rigidez na punição de juízes acusados.
O convite para ocupar o cargo no CNJ foi feito pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) César Asfor Rocha.
(…)
Em outubro do ano passado, como vice-presidente da Ajufe,
Tourinho Neto conclamou magistrados a deixar de julgar processos contra a
União e a paralisar os trabalhos por um dia.
Em 1999, na presidência da mesma entidade, ele liderou um movimento de greve de juízes, mesmo sem o apoio do STF e do STJ.
Os jornalistas informam que, procurado pela reportagem, Tourinho Neto não atendeu ao pedido de entrevista.
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