Michel Iorio Gonçalves, Coordenador do SINTRAJUS, participou do Seminário "Previdência Social e o Servidor Público", debate promovido pela Fespesp (Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo) em 24 de junho, na Capital, no Auditório da Afresp (Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo)


O debate apresentou aos presentes duas versões sobre a Previdência Social. A primeira oratória, denominada "A Previdência Social no Brasil", feita por Zélia Luiza Pierdoná, procuradora da República, traçou um histórico e explanou sobre o conceito da seguridade social no país, reforçando a necessidade das reformas que já ocorreram e as que estão por vir.
Já Sandra Tereza Paiva Miranda, auditora da Receita Federal e presidente da Apafisp (Associação Paulista dos Auditores da Receita Federal do Brasil), com "A Falácia do Rombo da Previdência", argumentou que a Previdência não é deficitária, como apontam, pelo contrário.
Segundo a palestrante, em 2015, apesar da queda nos últimos anos, a receitas líquidas foram de R$ 707,1 bilhões, sendo as despesas de R$ 683,16 bilhões. Mesmo com a crise, o saldo é positivo. São mais de R$ 23 bilhões de sobra.
Na parte da tarde, após os debates, o coordenador do SINTRAJUS, ao fazer uso da palavra, ressaltou que a Reforma da Previdência se entrelaça aos projetos que atacam os direitos dos trabalhadores públicos e privados, como o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que visa destruir o serviço público, e o Projeto de Lei (PL) 4330/04, que propõe a extensão da terceirização.
"O desemprego, a terceirização, e a falta de contratação no serviço público, dispostos no PLP 257 e PL 4330, são alguns dos motivos que colocam em risco o custeio da Previdência", exemplificou Michel Iorio Gonçalves.
Texto: Camila Marques
Fotos: Luiz Felipe Di Iorio/Aojesp