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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

CARTORIO DO FUTURO - II

Com a notícia da instalação da Unidade de Processamento Judicial (UPJ), conhecida como “Cartório do Futuro”, na Comarca de Santos, a Assojubs solicitou uma reunião com os integrantes da Secretaria de Primeira Instância (SPI) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) na tarde desta quarta-feira, 26 de outubro, dia em que estavam na Cidade para um encontro com os coordenadores e juízes das unidades envolvidas e o juiz diretor do Fórum, Carlos Eduardo Andrade Sampaio.
Recebidos na Assojubs Santos, Pedro Cristóvão Pinto, secretário de Primeira Instância, Fábio Makoto Yokoyama, coordenador das Comarcas do Interior da SPI, e Vanessa Cristina Martiniano Vicentini, supervisora de Serviço da SPI.1, explanaram sobre a UPJ, que será  aplicada nos próximos meses, e responderam aos muitos questionamentos dos representantes da associação.
As dúvidas apresentadas são reflexo de discussões com os servidores das unidades cartorárias que farão parte do projeto – varas cíveis da 7ª a 12ª, agrupadas em uma só com o “Cartório do Futuro”- por meio do Núcleo dos Escreventes da Assojubs, que realizou o debate sobre o tema na terça (25).
Com Michel Iorio Gonçalves, coordenador do Sintrajus e presidente da Assojubs, Fábio Gomes Ribeiro, diretor de Comunicação da Assojubs e escrevente do 10º Ofício Cível, uma das unidades abrangidas pelo “Cartório do Futuro”, Regina Helena Assis, secretária geral, e Gisele Alonso, diretora de Convênios, foi ressaltado que a UPJ é uma novidade e a exemplo da Seção Administrativa de Distribuição de Mandados (SADM), a Central de Mandados, muitos conflitos devem surgir.
O diretor de Comunicação expôs que os cartórios estão ainda corrigem falhas do Processo Digital, implementado há dois anos: “Até hoje surgem problemas com esse mecanismo”. Um receio dos funcionários, apresentado pelo presidente da Assojubs, é a diminuição dos cargos de comissão com a UPJ. Hoje são três chefes por seção, mas com o agrupamento das unidades no “Cartório do Futuro”, as coordenadorias terão uma redução em 80% e as chefias em 60%, em um cálculo inicial aproximado.
Outra dúvida dos dirigentes é acerca da qualidade do serviço prestado em virtude da divisão do trabalho, pois o TJ fala muito em produtividade e padronização ao destacar a UPJ. “Eu vejo uma linha de produção, uma desvalorização do potencial do servidor”, argumentou Michel Iorio Gonçalves ao rememorar o sistema de trabalho em série, inventado em 1913 por Henry Ford, empresário americano.
A UPJ em Santos será com uma estrutura híbrida (processos físicos e digitais), com a seguinte divisão: equipes de atendimento e de processos físicos, de cumprimento dos processos digitais e movimentação dos processos digitais.
Sobre um trabalho mais elaborado junto aos cartórios e cursos voltados para capacitar os funcionários para o serviço na UPJ, os membros da SPI informaram que serão feitos. O projeto deve iniciar seis meses antes da instalação e permanecer por seis meses depois. Pedro Cristóvão Pinto esclareceu que a proposta tem um formato, mas que será desenvolvido um estudo com todas as demandas e problemas locais.
Em relação à segurança do prédio com o espaço que alocará os processos físicos no Fórum Cível devido à quantidade (peso) do material, Fabio Gomes Ribeiro questionou os representantes do TJ. Os integrantes da SPI responderam que será providenciado um laudo da engenharia e caso não seja possível, irão rever e repensar a instalação juntando os cartórios.
Houve a sugestão para que fosse primeiro feito a digitalização total dos processos antes de efetivação da UPJ, ideia a ser apresentada para o Tribunal. Mas há preocupações com entraves por causa de custos e também por ocupar os servidores. Evidentemente, a Assojubs entende que a digitalização não deveria ser executada pelos funcionários que já têm que dar o andamento processual.
TEXTOS E FOTOS: CAMILA MARQUES/ASSOJUBS

CARTÓRIO DO FUTURO - I

O Núcleo de Escreventes da Assojubs esteve reunido na noite desta terça-feira, 25 de outubro, no Auditório da associação, em Santos. O intuito foi debater sobre a implantação do chamado “Cartório do Futuro” na Comarca. Os servidores foram surpreendidos pela notícia que a modalidade será aplicada na Cidade já nos próximos meses e, no caso, se trata de juntar as varas cíveis da 7ª a 12ª em uma só, com divisão de serviços pré-estabelecidas, aumentando o número de servidores à disposição do juiz para realização de minutas e decisões, enquanto os demais serviços serão fracionados em funções, mas acumulativos em volume.
Em razão disso, justamente por não haver informações claras e precisas, a Assojubs fez uma reunião para saber dos servidores quais suas preocupações mais urgentes e debater se a solução para a morosidade do judiciário passa pela instalação do “Cartório do Futuro”.
Estiveram presentes, representando o SINTRAJUS/ASSOJUBS, Michel Iorio Gonçalves, coordenador/presidente, Regina Helena Assis, secretaria geral, Adelson Pereira Gaspar, tesoureiro, Nicolas Madureira, diretor Jurídico e assistente jurídico do 1º Ofício Cível, Laércio Armesto, 1º secretário e assistente jurídico do 8º Cível, Fabio Gomes Ribeiro, diretor de Comunicações e escrevente do 10º Cível, e Fabiano Mendes, diretor de Patrimônio e escrevente do 3º Criminal.
Representando o 10º Cível de Santos, participaram Rosana Aquino, diretora do cartório, Tiago Pitombeira, escrevente chefe, e as escreventes Marilena Francisco, Quitéria Catellan, Aparecida de Souza Lima. Pelo 7º cível de Santos, a escrevente Iara Pinto.
Na reunião foram lidos os provimentos que tratam da implantação do projeto “Cartório do Futuro”, além dos objetivos do projeto em si. Vários questionamentos foram levantados como a falta de estrutura do prédio, falta de equipamentos, de pessoal, de funcionalidade Sistema de Automação da Justiça (SAJ), que estão longe do ideal de eficiência.
Uma constatação quase unânime é o objetivo de desvalorizar os servidores, com a extinção de chefias e substituições, a falta do reconhecimento do nível superior para a categoria de escreventes e falta de reposição salarial de acordo com a inflação. Porém, mais precisamente, se vislumbra uma terceirização futura para os escreventes que não irão trabalhar diretamente com o juiz, aliás, sabe-se que atualmente estagiários de Direito já produzem sentenças e minutas ao custo de 10% do salário de escrevente, ao passo em que a carreira da magistratura segue sendo valorizada e lhe dando mais mão de obra, estrutura e vantagens salariais como auxílio moradia para juízes que residem na própria comarca.
Várias questões foram levantadas para serem levadas pela Assojubs nas reuniões vindouras com o Tribunal de Justiça, principalmente para questionar o viés de economizar gastos com servidores e não investir na verdadeira solução dos problemas do Judiciário, que são o investimento em treinamento, uniformização dos procedimentos cartorários e equipamentos compatíveis com a demanda, além de novos concursos para preencher vagas. Está evidente a intenção de automatizar os serviços cartorários, sucateamento do servidor público e possível terceirização.
O SINTRAJUS juntamente com a ASSOJUBS irão lutar pelo direito dos servidores e buscar a conscientização por todo Estado dos que ainda não sabem os planos do Tribunal, colocando na pauta de reivindicações e de luta para os próximos meses.

CEAMA IAMSPE

Ocorreu no dia 24.10.16, uma reunião no Centro de Especialidades de Assistência Médica Ambulatorial do IAMSPE em Santos que contou com a presença deRosangela dos Santos Sintrajus, Cláudio CPP/Peruíbe, Prof. Guilherme CAPESP/Mongaguá, José Luiz Rocha AFPESP, Neyde/APAMPESP, Viridiana/UDEMO e Eduardo Tenório Diretor do CEAMA.
O Diretor do Ceama informou que mais duas especialidades foram acrescidas em Cubatão: Psiquiatria e Endocrinologia.
Foram abordados também o serviço de transporte/van, mais credenciamento de procedimentos, maternidade na região. Ficou agendado uma próxima reunião para o dia 28.11.16, às 10 horas.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Selfie Protesto virou notícia no Conjur

http://www.conjur.com.br/2016-out-13/concurso-selfie-tj-sp-vira-plataforma-protesto

Campanha Selfie Protesto

Servidores de diferentes comarcas da Baixada Santista aderiram ao protesto por meio do Concurso Cultural “Selfie Premiada”, promovido pelo Tribunal de Justiçado Estado de São Paulo (TJ-SP). Os trabalhadores participaram da proposta de mostrar a realidade da categoria e a falta de valorização nas atividades prestadas pelos trabalhadores do Judiciário Estadual.
Novas selfies foram tiradas nos últimos dias pelos trabalhadores de Santos, São Vicente, Cubatão, Mongaguá e Itanhaém para o Concurso Cultural, que se encerra nesta quarta-feira, dia 12 de outubro, prazo final para o envio das fotos.
Podem participar do Concurso todos os servidores do TJ-SP. Mas algumas regras devem ser observadas antes do encaminhamento das selfies: não serão aceitas fotos que façam referência a produtos e marcas comerciais e nem as imagens que tenham cunho ofensivo, imoral, discriminatório, com teor ilícito ou que sugiram ou estimulem atos que possam colocar em risco a saúde e a segurança dos funcionários ou de terceiros. Os critérios constam do Diário da Justiça Eletrônico (DJE) de 28 de setembro 
As plaquinhas estão disponíveis aos servidores que ainda têm o interesse em demonstrar sua indignação e fazer suas reivindicações. Para imprimir o material basta clicar nos links dos dizeres Cadê meus 4%? ou Auxílio saúde de 500 reais.









quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Wallerstein: como deter a virada à direita








Crise do capitalismo produz pobreza e dissidências ultra-conservadoras. Para vencê-las, central não é o poder de Estado, mas multiplicar nova organização a partir da base


Por Immanuel Wallerstein | Tradução: Antonio Martins | Imagem: Eric Drooker

Como deter a virada à direita? 
Esta é a questão que as pessoas que se consideram à esquerda têm se colocado há algum tempo. Ela está sendo lançada, de diferentes maneiras, na América Latina, em boa parte da Europa, nos países árabes e islâmicos, no sul da Áfria e no sudeste da Ásia. A questão é ainha mais dramática porque, em mutos destes países, a virada segue um período em que houve uma certa guinada à esquerda.

O problema para a esquerda são as prioridades. Vivemos num mundo em que o poder geopolítico dos Estados Unidos está em constante declínio. E vivemos num tempo em que a economia-mundo está reduzindo severamente os recursos dos Estados e das pessoas, a ponto de o padrão de vida da maior parte da população do planeta estar em declínio. Estes são os constrangimentos para qualquer atividade da esquerda, e é possível fazer pouco para superá-los.

Surgem, de modo crescente, movimentos que denunciam a política tradicional e os partidos de centro. Eles pedem políticas de transformação radicalmente novas. Mas há dois tipos de movimentos assim, que poderíamos chamar de uma versão de direita e uma de esquerda. A versão de direita pode ser encontrada na campanha de Donald Trump à Casa Branca, na cruzada anti-drogas do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, no Partido da Lei e da Justiça, na Polônia, e em muitos outros. Para a esquerda, a prioridade número um é evitar que estes movimentos controlem o poder de Estado. Eles são basicamente xenofóbicos e exclusionistas. Usarão este controle do Estado para esmagar os movimentos de esquerda.

Ao mesmo tempo multiplicam-se, à esquerda, movimentos que se organizam com base em políticas radicalmente novas. Isso inclui a tentativa de Bernie Sanders para concorrer à presidência dos EUA pelo Partido Democrata; o esforço de Jeremy Corbin para que o Partido Trabalhista britânico reassuma seu apoio histórico a posições socialistas; o Syriza, na Grécia; o Podemos, na Espanha e muitos outros. Obviamente, quando tais movimentos parecem próximos a alcançar o poder de Estado, a direita (tanto a tradicional quanto a que se diz radicalmente anti-establishment) une-se para derrotá-los ou para forçá-los a modificar sua posição de modo abrupto. Foi o que aconteceu com o Syriza.

Portanto, este esforço tem limites implícitos. Os novos movimentos de esqueda acabam forçados a se comportar como outra versão de um partido social-democrata de centro-esquerda. Isso cumpre um papel. Limita, no curto prazo, os ataques aos mais pobres, reduzindo danos. Mas não ajuda na transformação social.

O objetivo de médio prazo, de estabelecer um novo sistema-mundo que seja mais democrático e igualitário, requer ação política de outro tipo. Requer organizar-se em toda parte, na base da sociedade, e construir alianças a partir de lá – mais do que a partir do poder de Estado. Este foi o segredo do fortalecimento recente dos movimentos anti-establishment de direita.

Para que prevaleça, na luta que ocupará os próximos vinte ou quarenta anos e que definirá o sistema sucessor do capitalismo existente – agora em declínio definitivo – a esquerda precisará combinar uma série de politicas. Alianças de curto prazo, para minimizar o mal que os orçamentos restritos fazem aos mais pobres. Oposição duríssima ao controle do poder de Estado pelos movimentos anti-establishment de direita. Constante organização política pela base. Isso é muito difícil e exige constante clareza de análise, opções morais sólidas sobre o tipo de outro mundo possível que queremos e sabedoria tática.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Selfie Premiada

O SINTRAJUS e ASSOJUBS, representados por Michel Iorio Gonçalves, no intuito de mostrar a realidade da categoria e a falta de valorização nas atividades prestadas pelos trabalhadores do Judiciário Estadual, estão participando do Concurso Cultural “Selfie Premiada”, promovido pelo Tribunal de Justiçado Estado de São Paulo (TJ-SP).
Em forma de protesto, a Assojubs e o Sintrajus encaminharam ao Concurso a seguinte selfie, reiterando o cumprimento de um direito da categoria e uma das reivindicações da pauta de negociação:

Podem participar do Concurso todos os servidores do TJ-SP. Mas algumas regras devem ser observadas antes do envio das selfies: não serão aceitas fotos que façam referência a produtos e marcas comerciais e nem as imagens que tenham cunho ofensivo, imoral, discriminatório, com teor ilícito ou que sugiram ou estimulem atos que possam colocar em risco a saúde e a segurança dos funcionários ou de terceiros. Os critérios estão disponíveis no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) de 28 de setembro
Trabalhadores do Judiciário, uni-vos! Seja também criativo, demonstre sua indignação!
Texto: Camila Marques